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13 de mai. de 2010

O Esplendor da Noiva do Cordeiro Apoc 21-22.5

APOCALIPSE 21:9-22:1-5 TEMA: O ESPLENDOR DA NOVA JERUSALÉM, A NOIVA DO CORDEIRO

INTRODUÇÃO
1. Apocalipse 17:1-3, João é convidado para ver a queda da grande Meretriz, Babilônia, a cidade do pecado. A falsa igreja, foi consumida pelo fogo.
2. Agora, João é chamado pelo mesmo anjo para ver o esplendor da Nova Jerusalém, a cidade santa, a noiva do Cordeiro.
3. A cidade eterna não é somente o lar da noiva, ela é a noiva. A cidade não é edifícios, mas pessoas. A cidade é santa e celestial. Ele desce do céu. Sua origem está no céu. Ele foi escolhida por Deus.
4. João agora vai contemplar o esplendor da Nova Jerusalém, a noiva do Cordeiro (21:9,10). João fala de seu fundamento, de suas muralhas, de suas portas, de suas praças, de seus habitantes:

I. A NOVA JERUSALÉM É BONITA POR FORA - ELA REFLETE A GLÓRIA DE DEUS - V. 11
• Quando João tentou descrever a glória da cidade, a única coisa que pôde fazer foi falar em termos de pedras preciosas, como quando tentou descrever a presença de Deus no trono (Ap 4:3).
• A glória de Deus habitava no santo dos santos no Tabernáculo e no Templo. Agora, a glória de Deus habita nos crentes. Mas a igreja glorificada, a noiva do Cordeiro, terá sobre si a plenitude do esplendor de Deus. A shekiná de Deus vai brilhar sobre ela eternamente.
• Assim como a lua reflete a luz do sol, a igreja vai refletir a glória do Senhor.
• Essa glória é indescritível (21:11), como indescritível é Deus (Ap 4:3). A igreja é bela por fora. Ela é como a noiva adornada para o seu esposo. Não tem rugas. Suas vestes estão alvas.
• Exemplo: O tabernáculo: coberto de ouro puro!

II. A NOVA JERUSALÉM É BONITA POR DENTRO - V. 19-20
• Ela não é bonita só do lado de fora, mas também do lado de dentro. Ninguém coloca pedras preciosas no fundamento. Mas no alicerce dessa cidade estão doze espécies de pedras preciosas. Há beleza, riqueza e esplendor no seu interior.
• Não há coisa feia dentro dessa igreja. Nada escondido. Nada debaixo do tapete. Essa igreja pode passar por uma profunda investigação. Ela é bonita por dentro!

III. A NOVA JERUSALÉM É ABERTA A TODOS - V. 13,25
• A cidade tem 12 portas: ela tem portas para todos os lados. Isso fala da oportunidade abundante de entrar nesse glorioso e maravilhoso companheirismo com Deus.
• Venha de onde vier as pessoas podem entrar. Os habitantes dessa cidade são aqueles que procedem de toda tribo, povo, língua e nação. São todos aqueles que foram comprados com o sangue do Cordeiro.
• Não há preconceito nem acepção de pessoas. Todos podem vir: pobres e ricos, doutores e analfabetos, religiosos e ateus, homens e mulheres.
• A cidade é aberta a todos. Há portas para todos os lados. O noivo convida: Vem! A noiva convida: Vem! Quem tem sede recebe a água da vida!
• Nesta cidade os santos do Velho e do Novo Testamento estarão unidos. A cidade é formada de todos os crentes da antiga dispensação (v. 12) e da nova dispensação (v. 14). Nenhum daqueles que foram remidos ficará de fora dessa gloriosa cidade.

IV. A NOVA JERUSALÉM NÃO É ABERTA A TUDO - V. 12,27
• A cidade tem uma grande a alta muralha - Muralha fala de proteção, de segurança. Embora haja portas (v. 13) e portas abertas (v. 25), nem todos entrarão nessa cidade (v. 27). Embora as portas estejam abertas, em cada porta há um anjo (v. 12). Assim, como Deus colocou um anjo com espada flamejante para proteger a árvore da vida no Éden, assim, também, há um anjo em cada porta. O muro demarca a santidade da cidade (v. 10), separando o puro do impuro (v. 27). Deus é o muro de fogo que protege sua igreja (Zc 2:5). A igreja está segura e nada pode perturbá-la na glória.
• O pecado não pode entrar na Nova Jerusalém - (v. 27a) - Embora a igreja seja aberta a todos, não é aberta a tudo. Muitas vezes a igreja, hoje, tem sido a aberta a tudo, mas não aberta a todos. Exemplo:
Pedro e Jesus: Arreda Satanás, mas o Pedro fica. Hoje a igreja tem
• Aqueles que se mantém no seu pecado não podem entrar, senão aqueles cujos nomes estão no Livro da Vida - (v. 27b) - Somente os remidos, os perdoados, os lavados, os arrependidos, os que creram podem entrar pelas portas da cidade santa.

V. A NOVA JERUSALÉM ESTÁ CONSTRUÍDA SOBRE O FUNDAMENTO DA VERDADE - V. 14
• Esse símbolo fala da teologia da igreja. A igreja está edificada sobre o fundamento dos apóstolos. Jesus Cristo é a pedra angular desse fundamento. A igreja do céu, a noiva do Cordeiro, a Nova Jerusalém está edificada sobre o fundamento dos apóstolos, sobre a verdade revelada, sobre as Escrituras.
• A Nova Jerusalém não está edificada sobre Pedro, sobre visões e revelações forâneas às Escrituras. A Palavra de Deus é sua base. Não é uma igreja mística nem liberal.Ela é logocêntrica!

VI. A NOVA JERUSALÉM TEM ESPAÇO PARA TODOS OS REMIDOS - V.
15-17
• A cidade é quadrangular: comprimento, largura e altura iguais. A cidade tem doze mil estádios, ou seja, 2.200 km de comprimento, de largura e de altura. Não existe nada parecido no planeta. É uma cidade que vai de São Paulo a Aracaju. Na Nova Jerusalém, a maior montanha da terra, o pico Everest, desaparece mais de dezentas e quarenta vezes. Essa cidade é um verdadeiro cosmos de glória e santidade.
• É óbvio que esses números representam a simetria, a perfeição, a vastidão e a totalidade ideais da Nova Jerusalém.
• Não existem bairros ricos e pobres nessa cidade. Toda a cidade é igual. Não há casebres nessa cidade. Existem, sim, mansões, feitas não por mãos. Deus é arquiteto e fundador dessa cidade.
• A muralha da cidade mede 144 côvados, ou seja 70 metros de altura.
• A medida da cidade é um símbolo da sua majestade, magnificência, grandeza, suficiência. Essas medidas indicam a perfeição da cidade eterna. Nada está fora de ordem ou fora de equilíbrio.

VII. A NOVA JERUSALÉM É LUGAR ONDE SE VIVE EM TOTAL INTEGRIDADE - V. 18,21b
• Não apenas a cidade é de ouro puro, mas a praça da cidade, o lugar central, onde as pessoas vivem é de ouro puro, como vidro transparente. Tudo ali vive na luz. Tudo está a descoberto. Nada escondido. Nada escamoteado. A integridade é a base de todos os relacionamentos.

VIII. A NOVA JERUSALÉM É O LUGAR DE PLENA COMUNHÃO COM DEUS-V. 22
• No Velho Testamento a presença de Deus estava no Tabernáculo, depois no Templo. Mas, depois que o véu do templo foi rasgado. Deus veio para habitar na igreja. O Espírito Santo enche agora não um edifício, mas os crentes.
• Na Nova Jerusalém não haverá templo, porque a igreja habitará em Deus e Deus habitará na igreja. Hoje Deus habita em nós, então, vamos habitar em Deus. Isso é plena comunhão! A vida no céu será marcada não por religiosismo, mas vida com Deus.

IX. A NOVA JERUSALÉM É O LUGAR DA MANIFESTAÇÃO PLENA DA GLÓRIA DE DEUS - V. 23-24
• A cidade será iluminada não mais pelo sol ou pela lua. A glória de Deus a iluminará. A lâmpada que reflete a glória de Deus é o Cordeiro. Cristo será a lâmpada que manterá a luz da igreja sempre acesa.
• A noiva do Cordeiro não é como a Meretriz que se prostituiu com os reis da terra. Os reis da terra é que vieram a ela para conhecer a glória do seu Noivo e depositar aos seus pés as suas coroas.
• Esta igreja não está a serviço dos reis, ela está a serviço do REI.

X. A NOVA JERUSALÉM É O PARAÍSO RESTAURADO, ONDE CORRE O RIO DA VIDA-22:1-2
• A Nova Jerusalém é uma cidade, um jardim, uma noiva. O jardim perdido no Éden é o jardim reconquistado no céu. Lá o homem foi impedido pelo pecado de comer da árvore da vida, aqui ele pode se alimentar da árvore da vida. Lá ele adoeceu pelo pecado, aquele é curado do pecado. Lá ele foi sentenciado de morte, aquele ele toma posse da vida eterna.
• No Jardim do Éden havia quatro rios. Nesse Jardim Celestial, há um único rio, o Rio da Vida. Ele flui do trono de Deus. Ele simboliza a vida eterna, a salvação perfeita e gratuita, o dom da soberana graça de Deus. Por onde ele passa ele traz vida, cura e salvação. O rio da Vida simboliza a vida abundante na gloriosa cidade.

XI. A NOVA JERUSALÉM É ONDE ESTÁ O TRONO DE DEUS - 22:3-4
• O trono fala da soberania e do governo de Deus. O Senhor governa sobre essa igreja. Ela é comandada por aquele que está no trono. Ela é submissa, fiel. Esse é um trono de amor. Os súditos também são reis. Eles obedecem prazerosamente.
• A igreja pode estar situada onde está o trono de Satanás como Pérgamo, mas o trono de Deus está no coração da igreja.
• Na Nova Jerusalém vamos ter propósito - "Os seus servos o servirão". Nosso trabalho será deleitoso. Vamos servir Aquele que nos serviu e deu a sua vida por nós. Os salvos entrarão no descanso de Deus (Hb 4:9). Os salvos descansarão de suas fadigas (Ap 14:13), não porém de seu serviço.
• Na Nova Jerusalém vamos ter intimidade com o Senhor -"Contemplarão a sua face...". O que mais ambicionamos no céu não são as ruas de ouro, os muros de jaspes luzentes, não são as mansões ornadas de pedras preciosas, mas contemplar a face do Pai! Céu é intimidade com Deus. Esta é a esperança e a meta da salvação individual em toda a Escritura: a contemplação de Deus!

XII. A NOVA JERUSALÉM É ONDE OS REMIDOS VÃO REINAR COM CRISTO ETERNAMENTE - 22:5
• Deus nos salvou não apenas para irmos para o céu, mas para reinarmos com ele no céu. Ele não apenas nos levará para a glória, mas também para o trono.
• Nós seremos não apenas servos no céu, mas também reis. Nós reinaremos com o Senhor para sempre e sempre. Cristo vai compartilhar com sua noiva sua glória, sua autoridade e seu poder. Nós iremos reinar como reis no novo céu e na nova terra. Que honra! Que graça!

CONCLUSÃO
1. Você já é um habitante dessa cidade santa? Você já tem uma Casa nessa cidade? Seu lugar já está preparado nessa cidade?
2. Onde você colocado o seu coração: na Nova Jerusalém ou na grande Babilônia?
3. A qual igreja você pertence: à Noiva ou à grande Meretriz?
4. Qual é o seu destino: o Paraíso ou o lago do fogo?
5. Para onde você está indo: Para a Casa do Pai, onde o Cordeiro será a lâmpada eterna ou para as trevas exteriores?
6. Onde está o seu prazer: em servir a Deus ou deleitar-se no pecado?
7. Hoje é o dia da sua escolha, da sua decisão! Escolha a vida para que você viva eternamente!

O Milenio e o Juizo Final

APOCALIPSE 20:1-15 TEMA: O MILÊNIO E O JUÍZO FINAL

INTRODUÇÃO 1. Este é o capítulo mais polêmico do livro de Apocalipse. Não há consenso entre os crentes sobre sua interpretação. Os premilenistas crêem que o milênio relatado no capítulo sucede cronologicamente à segunda vinda de Cristo, descrita no capítulo 19. Os amilenistas crêem que o capítulo 20 é o início de outra seção paralela e não sucessão cronológica do capítulo 19.
2. Apocalipse 19:19-21 nos leva ao final da história, ao dia do juízo. Apocalipse 20 retorna ao começo da dispensação atual. Assim, a conexão entre os capítulos 19 e 20 é semelhante à conexão dos capítulos 11 e 12. Apocalipse 11:18 anuncia o dia do juízo e Apocalipse 12:5 descreve o nascimento, ascensão e coroação de Cristo.
3. Assim, o milênio antecede a segunda vinda de Cristo e não sucede a ela. O capítulo 12 introduz os cinco inimigos da igreja: o dragão, a besta, o falso profeta, a meretriz e os selados da besta. Todos caem juntos. Apenas as cenas são descritas em telas diferentes.
4. A interpretação de um milênio literal enfrenta várias dificuldades:
a) Não encontramos essa idéia de um milênio terrenal após a segunda vinda de Cristo nos Evangelhos e nas Epístolas paulinas e gerais.
b) O milênio fala de Cristo reinando fisicamente aqui neste mundo, enquanto o seu ensino mostra que o seu reino é espiritual.
c) A idéia de um milênio na terra e a posição de preeminência dos judeus, reintroduz aquela distinção entre judeus e gentios já abolida (Cl 3:11; Ef 2:14,19). Só existe uma igreja e uma noiva, formada de judeus e gentios.
d) A idéia do milênio terrenal ensina que haverá pelo menos duas ressurreições, uma de crentes antes do milênio e outra de ímpios depois do milênio e isto está em oposição ao que restante da Bíblia ensina (Jo 5:28-29; Jo 6:39,40,44,54; 11:24).
e) A idéia do milênio cria a grande dificuldade da convivência do Cristo glorificado com os santos glorificados vivendo com homens ainda na carne (Fp 3:21).
í) Como conceber a idéia de que as nações estarão sob o reinado de Cristo mil anos e depois elas se rebelam totalmente contra ele? (Ap 20:7-9)?
g) Todo o ensino do NT é que o juízo é universal e segue imediatamente à segunda vinda, mas a crença no milênio terrenal, o juízo acontece mil anos depois da segunda vinda e só para os incrédulos.
5. O capítulo pode ser dividido em quatro quadros distintos:

I. A PRISÃO DE SATANÁS - V. 1-3
1. O que significa a prisão de Satanás? - v. 1-3
• Segundo Apocalipse 9:1,11; 11:7; 20:1-3, podemos concluir que o poço do abismo tem uma tampa (9:l)que pode ser aberta (9:2), fechada (20:3) e selada (20:3).
• João vê que o anjo tem a chave do abismo e uma grande corrente (20:1). Diz que ele prendeu a Satanás por mil anos (20:3). E que o fechou no abismo até completarem os mil anos. Isso tudo é um simbolismo. Um espírito não pode ser amarrado com corrente.
Prendeu, fechou e selou são termos que denotam a limitação do seu poder.
• Isso significa que a sua autoridade e seu poder foram restringidos. Satanás não pode mais enganar as nações. A evangelização dos povos foi ordenada e Deus vai chamar os seus eleitos!
• A prisão de Satanás não significa que ele está inativo, fora de cena. Ele está na corrente de Deus. Essa corrente é grande. Mas ele é um inimigo limitado.
2. O que significa que Satanás não pode mais enganar as nações?
• A prisão de Satanás tem a ver com a primeira vinda e não com a segunda vinda:
a) Mt 12:29: "Ou como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo? E, então, lhe saqueará a casa."
b) ) Lc 10:17-18: "Então regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: "Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu nome! Mas ele lhes disse: "Eu via Satanás caindo do céu como um relâmpago".
c) Jo 12:31-32: "Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso. E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo".
d) Cl 2:15: "E despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz".
e) Hb 2:14: "...para que, por sua morte, destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo".
f) 1 Jo 3:8: "...Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo".
g) Ap 12:5-17 - A expulsão de Satanás foi o resultado da coroação de Cristo.
h) Assim, a amarração de Satanás começou na primeira vinda de Cristo e isso é o que Apocalipse 20:2 significa. A prisão ou restrição do poder de Satanás tem a ver com a obra de Cristo na cruz e com a evangelização das nações, de onde Deus chama eficazmente todos os seus eleitos.
i) Satanás está restrito em seu poder no sentido de que não pode destruir a igreja (Mt 16:18) nem pode impedir que os eleitos de todas as nações recebam o evangelho e creiam (Rm 8:30). A igreja é internacional. O particularismo da antiga dispensação (judeus) deu lugar ao universalismo da nova (igreja).
3. O que significa o pouco tempo em que Satanás será solto depois do milênio?
• Esse pouco tempo retrata o mesmo período da grande tribulação, a apostasia e o reinado do anticristo. Esse é o tempo que antecede à segunda vinda de Cristo.
4. O que significa os mil anos durante os quais Satanás é preso? - v. 3
• Este capítulo usa várias figuras simbólicas. O abismo, a corrente, a prisão, e também o milênio. O número mil sugere um período de completude, um período inteiro. Sugere um longo período, um período completo, o número dez cubicado. Mil anos é o tempo que vai da primeira à segunda vinda. É o período que Cristo está reinando até colocar todos os seus inimigos debaixo dos seus pés (1 Co 15:23-25).
• Esse período do milênio precede o juízo e o juízo no ensino geral das Escrituras segue imediatamente à segunda vinda (Mt 25:31; Rm 8:20-22).

II. O REINADO DOS SALVOS COM CRISTO NO CÉU - V. 4-6
1. Esse reinado não é na terra, mas no céu - v. 4
a) Vi Tronos - A palavra "tronos" aparece 67 vezes no NT e 47 no Apocalipse. Apenas três vezes o trono está na terra e sempre falam do trono de Satanás e do anticristo (2:13; 13:2; 16:10). Sempre que a palavra aparece em Apocalipse, esse trono está no céu (Hendriksen, p. 231). Não existe neste capítulo nenhuma referência à terra nem muito menos Palestina, Jerusalém. A cena ocorre no céu e não terra.
b) São as almas que estão reinando - Portanto, esse reinado não pode ser na terra. João vê almas e não corpos. Essas almas são as mesmas descritas em Apocalipse 6:9. As almas reinam durante todo o tempo entre a morte e a ressurreição que se dará na segunda vinda de Cristo (o período intermediário). Depois da ressurreição, os salvos reinarão com corpo e alma (Ap 22:5).
c) Jesus está no céu e não na terra e as almas estão reinando com ele - Os premilenistas crêem que Cristo desceu do céu (19:11-16) e que o esse reinado sucede à segunda vinda. Contudo, o ensino geral das Escrituras e o contexto do livro de Apocalipse provam o contrário. O crente quando morre vai morar com Jesus (Fp 1:23; 2 Co 5:8).
2. Qual é a missão daqueles que estão reinando com Cristo? - v. 4
a) Eles estão assentados em tronos para julgar - Os santos vão julgar as doze tribos de Israel (Mt 19:28), o mundo (1 Co 6:2) e os anjos (1 Co 6:2). Jesus prometeu aos vencedores que eles se assentariam com ele no seu trono (Ap 3:21). Os salvos estão com ele no Monte Sião (Ap 14:1), cantam diante do trono (Ap 14:3; 15:3) e verão sua face (Ap22:3). b) Eles participarão da glória de Cristo, pois reinarão com ele - Os salvos estarão no céu com Cristo em glória (Ap 7:9-17). Estas almas celebram a vitória de Cristo sem cessar.
c) Quem são esses que estão reinando com Cristo - Todos os salvos, os mártires e todos aqueles que morreram em sua fé. Os outros mortos, ou seja, os incrédulos, não tornaram a viver até que os mil anos sejam cumpridos. Nesse período entram na segunda morte.
3. Qual é o significado da primeira ressurreição e da segunda morte? - v. 5-6
• Quem morre uma vez (morte física), ressuscita duas vezes (espiritual e corporalmente na segunda vinda). Quem morre duas vezes (física e eternamente), ressuscita uma única vez, para o juízo.
• A regeneração é uma espécie de ressurreição espiritual (Jo 5:24; Jo 11:25-26; Rm 6:11; Ef 2:6; Cl 3:1-3). Essa é a primeira ressurreição. Ela é espiritual. Quem não passa por essa ressurreição espiritual, morre duas vezes, física e eternamente.
• Todos quantos são regenerados ressuscitaram com Cristo - e essa é a primeira ressurreição. A ressurreição do corpo é posterior - essa é a segunda ressurreição. A frase "primeira ressurreição", se refere à ressurreição espiritual, é uma forma de escrever "o novo homem" em Cristo que foi regenerado. Então, mesmo mortos, suas almas estão reinando com Cristo no céu (Fp 1:21,23; 2 Tm 2:12; Ap 3:21).

III. A DERROTA FINAL DE SATANÁS - V. 7-10
1. Essa batalha final é a mesma já descrita no capítulo 19 — v. 7-9
• É um equívoco pensar que a batalha final seja distinta de outras batalhas já descritas no livro de Apocalipse (16:14-21; 19:19-21; 20:7-9). O Armagedom, a batalha final aqui descrita é a mesma descrita noutros textos. Essas não são três diferentes batalhas. Temos aqui a mesma batalha. Nos três casos é a batalha do Armagedom. É o ataque final das forças anticristãs à igreja.
• Armagedom (16:16) e Gogue e Magogue são a mesma batalha. É a derrota final dos inimigos de Deus.
2. Embora os inimigos de Deus são derrotados em descrições diferentes, eles caem todos no mesmo momento
• A queda da Babilônia, do anticristo, do falso profeta, de Satanás, dos ímpios e da morte acontecem ao mesmo tempo, ou seja na segunda vinda de Cristo, embora os relatos sejam em cenas diferentes.
3. As figuras usadas por João ensinam lições claras:
a) Gogue e Magogue descrevem a batalha final contra o povo de
Deus (Ez 38-39) - v. 7 - Essa é uma descrição da última batalha contra o Cordeiro e sua noiva. É o Armagedom. É a grande tribulação. O pouco tempo de Satanás, o período mais amargo da história.
b) Os exércitos inimigos são numerosos - v. 8 - Todo o mundo iníquo vai perseguir a igreja. A perseguição será mundial. É o último ataque do dragão contra a igreja. Essa realidade corrige dois erros: 1) Otimismo irreal - O mundo no tempo do fim não será de paraíso, mas de tensão profunda; 2) Pessimismo doentio - Não importa a fúria ou a força numérica do inimigo, a vitória é do Cordeiro e de sua igreja.
c) A derrota dos inimigos será repentina e completa - v. 9-10 - Essa derrota imposta ao inimigo é uma ação direta de Deus. 2 Ts 2:8 diz que Cristo mata o homem da iniqüidade com o sopro da sua boca na manifestação da segunda vinda. Ap 19:20 diz que o anticristo e o falso profeta são lançados no lago do fogo. Ap 20:10 diz que Satanás foi lançado no lago do fogo. Eles três são lançados juntos! São atormentados juntos para sempre!
d) A derrota de Satanás será o ápice da vitória de Cristo - v. 10 -Como Satanás o agente principal do mal, sua derrota é descrita em último lugar. Sua condenação será eterna. Satanás não é rei nem no lago do fogo. O fogo eterno foi preparado para ele para os seus anjos (Mt 25:41).

IV. O JUÍZO FINAL - V. 11-15
1. Cristo assenta-se no trono como juiz - v. 11
• O trono branco fala da santidade e da justiça do juiz e do julgamento.
• Diante dele o próprio universo se encolhe. A terra será redimida do seu cativeiro. A terra não será destruída, mas transformada (2 Pe 3:10; At 3:31; Rm 8:21).
• Jesus é o juiz diante de quem todos vão comparecer (20:11; At 17:31; Jo 5:22-30). Aqueles que rejeitaram Jesus como advogado vão ter que comparecer diante dele como juiz.
2. Os mortos ressuscitam para o julgamento - v. 12-14
• Aqui não se trata apenas dos mortos ímpios, mas de todos os mortos, de todos os tempos.
• A idéia de duas ressurreições físicas não tem base bíblica (Dn 12:2; Jo 5:28-29; Jo 6:39,40,44,54; Jo 11:24; At 24:15). Aqui é a única ressurreição geral de todos os mortos de todos os tempos. Crentes e ímpios ressuscitam no mesmo dia.
• O julgamento será universal e também individual (v. 13). Um por um será julgado segundo as suas obras. Ninguém escapará.
3. Os mortos serão julgados segundo as suas obras - v. 12
• Esse julgamento será justo e universal. Os livros serão abertos e todos serão julgados segundo o que está escrito nos livros: seremos julgados pelas palavras, obras, omissão e pensamentos. A graça de Deus e a responsabilidade humana caminham juntas.
• Pelas obras ninguém poderá ser justificado diante de Deus. Pelas obras todos serão indesculpáveis diante de Deus.
• O juízo final será deferente dos tribunais da terra: Lá terá um juiz, mas não jurados; acusação, mas não defesa; sentença, mas não apelo. A única maneira de escapar desse julgamento é confiar agora no Senhor Jesus Cristo (Jo 5:24).
5. O critério para a salvação não são as obras, mas a graça - v. 15
• Ninguém pode ser salvo pelas obras, por isso o livro da vida é aberto. Quem tem o nome escrito nele não é lançado no lago do fogo. Isso já nos mostra que os salvos estão participando desse julgamento (2 Co 5:12; Rm 14:10).
• Os que não têm o nome escrito no livro da vida são lançados dentro do lago do fogo, a segunda morte. Somente os salvos terão seus nomes no livro da vida (Fp 4:3; Ap 13:8; 17:8; 20:15; 21:27; Lc 10:20).
6. A própria morte e o inferno serão lançados no lago do fogo - v. 14
• A morte é o estado e o hades é o lugar. Esses dois andam conectados (Ap 6:8). Quando a morte e o inferno são lançados no lago do fogo, finda também a autoridade que exerciam no tempo cósmico. A morte é o último inimigo a ser vencido. O inferno é lugar onde os ímpios são atormentados no estado intermediário. Depois da segunda vinda e do juízo não haverá mais separação entre o corpo e a alma nem no céu nem no inferno. A vitória de Cristo sobre os seus inimigos será completa a final.
7. Os tormentos dos inimigos de Deus e dos ímpios serão eternos - v. 10,15
• A Bíblia não ensina universalismo nem aniquilacionismo. Antes fala de penalidades eternas. O sofrimento dos ímpios no lago do fogo é indescritível (Lc 16:19-31). O lago do fogo é estado e lugar.
• Enquanto os salvos têm seus nomes no livro da vida, os ímpios serão lançados no lago do fogo.
CONCLUSÃO:
1. Você estará preparado para o dia do juízo? De que lado você estará naquele tremendo dia?
2. Você está seguro, debaixo do sangue do Cordeiro ou ainda está sob o peso e condenação dos seus pecados?
3. Hoje, é o tempo oportuno; hoje é o dia da salvação!

Celebrem a Vitoria e o casamento do Cordeiro

APOCALIPSE 19:1-21 TEMA: OS CÉUS CELEBRAM O CASAMENTO E A VITÓRIA DO CORDEIRO DE DEUS
INTRODUÇÃO
1. Estamos chegando ao momento culminante da história da humanidade. Nos capítulos 1-11 vimos a perseguição do mundo sobre a igreja e como Deus enviou seus juízos sobre ele. Nos capítulos 12-22, estamos vendo como esta batalha se torna mais renhida e agora o dragão, o anticristo, o falso profeta c a grande meretriz se ajuntam para perseguiu o Cordeiro e a sua igreja.
2. Nos capítulos 17 e 18 vimos como o sistema do mundo, representado pela religião falsa e os sistemas político e econômico entram em colapso.
3. Agora João tem a visão da alegria do céu pela queda da Babilônia, a alegria do céu pelas bodas do Cordeiro e a visão da gloriosa vinda de Cristo e sua vitória retumbante sobre seus inimigos.
I. OS CÉUS CELEBRAM O TRIUNFO FINAL DE DEUS SOBRE A GRANDE MERETRIZ - V. 1-6
1. A meretriz que corrompia a terra e matava os servos de Deus está sendo julgada - v. 2
• A condenação eterna do mal e dos malfeitores é um julgamento justo e verdadeiro. Deus não pode premiar o mal. Ele é ético.
• Quando a Babilônia caiu, a ordem foi dada no céu: "Exultai sobre ela ó céus, e vós, santos, apóstolos e profetas, porque contra ela julgou a vossa causa" (Ap 18:20). Jesus está julgando a meretriz, a falsa igreja, e casando-se com sua noiva, a verdadeira igreja. Ao mesmo tempo em que a religião prostituída diz: Ai, Ai, a noiva do Cordeiro, a igreja, diz: Aleluia!
2. O poder do mundo que é transitório está caindo - v. 1
• A grande meretriz, o sistema religioso, político e econômico que dominou o mundo e ostentou sua riqueza, poder e luxúria, entra em colapso. O mundo passa. Na segunda vinda de Cristo esse sistema estará completamente destruído.
Os céus se regozijam porque Deus está julgando os seus inimigos. Deus está no trono. Dele é a salvação, a glória e o poder. O poder da falsa religião caiu. As máscaras da falsa religião caíram.
• O falso sistema religioso é condenado por dois motivos: a) Ela corrompeu a terra com a sua prostituição (v. 2) - Ela levou as nações a se curvarem diante de ídolos. Ela desviou as pessoas do Deus verdadeiro. Ela ensinou falsas doutrinas. Ela se esforçou para produzir apóstatas em vez de discípulos de Cristo; b) Ela matou os servos de Deus (v. 2) - A falsa religião sempre se opôs à verdade e perseguiu os arautos da verdade. Ela matou os santos, os profetas, os apóstolos e tantos mártires ao longo da história.
3. A condenação desse sistema do mundo é eterna - v. 3
• Não apenas o mal será vencido, mas os malfeitores serão atormentados eternamente. A Bíblia fala sobre penalidades eternas. Não existe nada de aniquilação, mas de tormento sem fim.
4. A igreja e os anjos adoram a Deus porque ele está reinando - v. 4-6
• Deus sempre esteve no trono. O inimigo sempre esteve no cabresto de Deus. Mas agora chegou a hora de colocar todos os inimigos debaixo dos seus pés. Agora chegou o dia do julgamento do Deus Todo-poderoso. Todos os inimigos serão lançados no lago do fogo.
• O livro do Apocalipse é o livro dos Tronos. Deus agora conquista os tronos da terra. O trono do diabo, do anticristo, do falso profeta, da Babilônia, dos poderosos do mundo. Todos estarão debaixo dos pés de Jesus. Os impérios poderosos cairão. As superpotências econômicas cairão. Os déspotas cairão. Todo joelho vai se dobrar diante do Senhor. Aleluia porque só o Senhor reina!
• O coro celestial é unânime: "Aleluia! Pois reina o Senhor, nosso Deus, o todo-poderoso" (Ap 19:6).
II. OS CÉUS CELEBRAM O CASAMENTO DA NOIVA COM O SEU NOIVO, O CORDEIRO DE DEUS - V. 6-10
1. Enquanto a meretriz é julgada, a noiva é honrada - v. 7-8 • Enquanto a meretriz, a falsa igreja é julgada; a verdadeira igreja, a noiva do Cordeiro é honrada. Enquanto a meretriz tem suas vestes manchadas de prostituição e violência, as vestes da noiva do Cordeiro são o mais limpo, o mais puro e o mais fino dos linhos.
• A noiva se atavia, mas as vestes lhe são dadas - A igreja se santifica, mas essa santificação vem do Senhor. A igreja desenvolve a sua salvação, mas é Deus quem opera em nós tanto o querer como o realizar.
2. Os bem-aventurados convidados para as bodas e a noiva são as mesmas pessoas - v. 9
• Essa é uma sub-reposição de imagens. A noiva é a igreja e os convidados para as bodas são todos aqueles que fazem parte da igreja. Os convidados e a noiva são uma e a mesma coisa. A igreja é o povo mais feliz do universo. A eternidade será uma festa que nunca acaba.
3. O noivo é descrito como Cordeiro - v. 7
• Ele quer ser lembrado pelo seu sacrifício pelo pecado. Como noivo da igreja ele quer ser amado e lembrado como aquele que deu sua vida pela sua amada.
4. As bodas falam da consumação glorioso do relacionamento de Cristo com sua igreja -v. 7
• O casamento de Cristo com sua igreja será um casamento perfeito, sem crise, sem divórcio. Ilustração: O casamento de Charles e Diana - o casamento do século XX que acabou em tragédia.
• O costume matrimonial dos hebreus - 1) Noivado - era algo mais profundo do que um compromisso significa para nós. A obrigação do matrimônio era aceita na presença de testemunhas e a bênção de Deus era pronunciada sobre a união. Desde esse dia o noivo e a noiva estavam legalmente casados (2 Co 11:2). 2) O intervalo - Durante o intervalo o esposo paga ao pai da noiva um dote. 3) A procissão para a casa da noiva - Ao final do intervalo o noivo sai em procissão para a casa da noiva. A noiva se prepara e se atavia. O noivo em seu melhor traje é acompanhado de seus amigos que cantam e levam tochas e seguem em direção à casa da noiva. O noivo recebe a noiva e a leva em procissão ao seu próprio lar. 4) Finalmente, as bodas - AS bodas incluem a festa das bodas que duravam sete ou quatorze dias. Agora a igreja está desposada com Cristo. Ele já pagou o dote por ela. Ele comprou a sua esposa com seu sangue. O intervalo é o período que a noiva tem para se preparar. Ao final desse tempo, o noivo vem acompanhado dos anjos para receber a sua noiva, a igreja. Agora começa as bodas. O texto registra esse glorioso encontro: "Alegremo-nos e exultemos e demos-lhe glória, porque são chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou" (Ap 19:7). As bodas continuem não por uma semana, mas por toda a eternidade. Oh dia glorioso será aquele!
III. OS CÉUS SE ABREM PARA A VINDA TRIUNFAL DO NOIVO, O REI DOS REIS-V. 11-21
1. A aparição do Noivo, o Rei dos reis - v. 11
• João vê Jesus vindo vitoriosamente do céu. O céu se abre. Desta vez o céu está aberto não para João entrar (Ap 4:1), mas para Jesus e seus exércitos saírem (Ap 19:11). A última cena da história está para acontecer. Jesus virá para a última batalha. É o tempo da grande tribulação. Satanás estará dando suas últimas cartadas. O anticristo e o falso profeta estarão seduzindo o mundo e perseguindo a igreja. Mas Jesus aparece como o supremo conquistador. Ele aparece repentinamente em majestade e glória!
2. A descrição do Noivo, o Rei dos reis - v. 11-13,15-16
2.1. Ele é Fiel e Verdadeiro (v. 11) - Em contraste com o anticristo que é falso e enganador.
2.2. Ele é aquele que a tudo perscruta (v. 12) - Seus olhos são como chama de fogo. Nada ficará oculto do seu profundo julgamento. Ele vai julgar suas palavras, obras e os segredos do seu coração. Aqueles que escaparam do juízo dos homens não escaparão do juízo de Deus.
2.3. Ele é o vencedor supremo (v. 12b) - "Na sua cabeça há muitos diademas" - Ele tem na sua cabeça a coroa do vencedor e do conquistador. Quando ele entrou em Jerusalém, ele cavalgou um jumentinho. Ele encontrou como servo. Mas agora ele cavalga um cavalo branco. Ele tem na sua cabeça muitas coroas, símbolo da sua suprema vitória.
2.4. Ele é insondável em seu ser (12c) - Isso revela que nós jamais vamos esgotar completamente o seu conhecimento.
2.5. Ele é a Palavra de Deus em ação (v. 13) - Deus criou o universo através da sua Palavra. Agora Deus vai julgar o mundo através da sua Palavra. Jesus é o grande juiz de toda a terra.
2.6. Ele é o amado da igreja e o vingador de seus inimigos (v. 13,15) - Seu manto está manchado de sangue, não o sangue da cruz, mas o sangue dos seus inimigos (Is 63:2-3). Ele vem para o julgamento. Ele vem para colocar os seus inimigos debaixo dos seus pés. Ele vem para recolher os eleitos na ceifa e pisar os ímpios como numa lagaragem (Ap 14:17-20). Ele vem para julgar as nações (Mt 25:31-46).
2.7. Ele é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores (v. 16) - Deus o exaltou sobremaneira. Deu-lhe o nome que está acima de todo nome. Diante dele todo joelho deve se dobrar: o diabo, o anticristo, o falso profeta, os reis da terra, os ímpios.
3. Os exércitos ou acompanhantes do Noivo, o Rei dos reis - v. 14
• O rei virá em glória. Ao clangor da trombeta de Deus. Ao som do trombeta do arcanjo. Cristo descerá do céu. Todo o olho o verá. Ele virá pessoalmente, fisicamente, visivelmente, audivelmente, poderosamente, triunfantemente.
• O rei virá com o seu séqüito: os anjos e os remidos (Mt 24:31; Mc 13:27; Lc 9:26; 1 Ts 4:13-18; 2 Ts 1:7-10). Um exército de anjos descerá com Cristo. Os salvos que estiverem na glória virão com ele entre nuvens. Todos como vencedores, montados em cavalos brancos. Todos com vestiduras brancas. Outrora, a nossa justiça era como trapos de imundícia, mas agora, vamos vestir vestiduras brancas. Somos justos e vencedores.
4. A derrota dos inimigos pelo Rei dos reis é descrita em toda a sua hediondez -v. 17-18
• Enquanto os remidos são convidados para entrar no banquete das bodas do Cordeiro, as aves são convidas a se banquetearem com as carnes dos reis, poderosos, comandantes, cavalos e cavaleiros.
• Há um contraste entre esses dois banquetes: O primeiro é o banquete da ceia nupcial do Cordeiro, ao qual todos os santos são convidados (Ap 19:7-9). O segundo, o banquete dos vencidos, ao qual todas as aves de rapina são convocadas. Isso indica que todo o poder terreno chegou ao fim. A vitória de Cristo é completa!
5. O Rei dos reis triunfa sobre seus inimigos na batalha final, o Armagedom - v. 19-21
• Essa será a peleja do Grande Dia do Deus Todo-poderoso (Ap 16:14). Os exércitos que acompanham a Cristo não lutam. Mas, Jesus Cristo destruirá o anticristo com o sopro da sua boca pela manifestação da sua vinda (2 Ts 2:8). Todas as nações da terra o verão e o lamentarão (Ap 1:7). Quando os inimigos do Cordeiro se reunirem, então, sua derrota será total e final (Ap 19:19-21). Esta batalha Jesus a vence não com armas, mas com a sua Palavra, a espada afiada que sai da sua boca (Ap 19:15).
• Aquele dia será dia de trevas e não de luz para os inimigos de Deus. Ninguém poderá escapar. Aquele será o grande dia da ira do Cordeiro e do juízo de Deus.
• O anticristo e o falso profeta serão lançados no lago do fogo, onde a meretriz também estará queimando (Ap 19:3,20). Eles jamais sairão desse lago. Serão atormentados pelos séculos dos séculos (Ap 20:10).
• Enquanto os inimigos de Deus estarão sendo atormentados por toda a eternidade, a igreja desfrutará da intimidade de Cristo nas bodas do Cordeiro para todo o sempre.
CONCLUSÃO
1. Em breve Cristo voltará como o Rei dos reis e Senhor dos senhores. É Cristo o senhor da sua vida hoje?
2. Você está preparado para se encontrar com Cristo? Vigie para que aquele grande dia não o apanhe de surpresa.

Declarada a Queda da Babilônia Apoc 18

APOCALIPSE 18:1-24

TEMA: AS VOZES DA QUEDA DA BABILÔNIA

INTRO 1. A Babilônia é mais um símbolo do que um lugar. Babilônia refere-se à Babilônia dos tempos de Babel, à Babilônia de Nabuconodosor, a senhora do mundo; a Roma dos Césares, a Roma dos papas e a todos os impérios do mundo que se levantaram contra Deus e sua igreja. A Babilônia aqui não é apenas a Babilônia escatológica, mas a Babilônia atemporal, o mundo como centro de sedução em qualquer época.

2. Babilônia aqui é um símbolo da rebelião humana contra Deus. É o sistema do mundo que opõe contra Deus. No capítulo 17, Babilônia era a grande Meretriz, a religião apóstata, em contraste com a Noiva do Cordeiro, a igreja verdadeira.

3. No capítulo 18, a Babilônia é o mundo, a cidade da luxúria, a morada dos demônios em contraste com a Nova Jerusalém, a cidade santa, a morada de Deus.

4. No capítulo 18. João ouviu quatro vozes que sintetizam a queda da Babilônia.

I. A VOZ DA CONDENAÇÃO - V. 1-3

1. A queda da Babilônia é um fato consumado nos decretos de Deus - v. 2

• A queda aqui não é apenas aquela prevista por Isaías (Is 13:19-22) e Jeremias (Jr 51:24-26), a Babilônia história. A queda aqui não é apenas a previsão da queda de Roma, a Babilônia simbólica (Ap 17:18), mas é a queda da Babilônia escatológica, o sistema religioso, econômico e político sem Deus e anti-Deus (Ap 18:2).

• Essa queda já havia sido declarada (Ap 14:8; 17:16). A queda é um fato consumado na mente e nos decretos de Deus, como o é a nossa glorificação.

2. A Babilônia, torna-se morada de demônios enquanto a igreja é a morada de Deus - v. 2

• A igreja, a Noiva do Cordeiro, é a habitação de Deus (Ap 21:3), enquanto a Babilônia, a grande Meretriz torna-se habitação de demônios e aves imundas, símbolo dos demônios (Mt 13:31-32).

• Isso significa um lugar totalmente destituído de Deus, da sua Palavra e do seu povo.

3. A queda da Babilônia é em razão da sua devassidão moral, espiritual e econômica - v. 2-3

• O sistema religioso e econômico da Babilônia poluiu o mundo inteiro. Esse sistema intoxicou as pessoas do mundo inteiro, levando as pessoas a adorarem o dinheiro e se prostrarem diante de outros deuses. Os homens tornaram-se mais amantes dos prazeres do que de Deus (2 Tm 3:4). Exemplo: o dinheiro é o maior senhor de escravos do mundo. Ele é um deus.

• Os homens embriagados pelo espírito da Babilônia amaram o mundo e as coisas que há no mundo. Foram dominados pela concupiscência dos olhos, da carne e soberba da vida (1 Jo 2:15-17).

• Mas esses prazeres jamais puderam satisfazer o coração dos homens. No dia que esse sistema cair, eles ficarão totalmente desolados.

• Impiedade sempre vem acompanhada de perversão. Quando a religião abandona a verdade, ela entra pela porta da perversão.

II. A VOZ DA SEPARAÇÃO - V. 4-8

1. A ordem de Deus é para sua igreja sair desse sistema do mundo - v. 4

• Em todo o tempo a igreja de Deus deve aparte-se do mal, do sistema do mundo, da falsa religiosidade. No pecado nunca existe verdadeira comunhão. Exemplo: Não ganhamos o mundo sendo igual ao mundo.

• Esse sair não é geográfico. Estamos no mundo, mas não somos do mundo.

• Sair da Babilônia significa não participar dos seus pecados, não ser enganado por suas tentações e seduções.

a) Deus mandou Abraão sair da sua terra e do meio da sua parentela para conhecer e servir o Deus vivo (Gn 12:1).

b) Deus mandou Ló deixou Sodoma antes dela ser destruída pelo fogo (Gn 19:14).

c) Deus mandou Israel sair do Egito e não se misturar com as nações pagas nem adorar os seus deuses.

d) Deus ordenou a sua igreja a afastar-se desse sistema religioso e mundano (2 Co 6:14-7:1).

2. Deus não apenas ordena a igreja a sair da Babilônia, mas dá razões para isso -v. 4-8

a) Para que a igreja não se torne cúmplice de seus pecados (v. 4) -Participar da Babilônia significa ser igual a ela e afundar com ela. O crente não pode torna-se participante dos pecados do mundo. Ele é santo, separado, diferente. Ele é sal e luz. Ele foi resgatado do mundo. Está no mundo, mas não é do mundo. Agora é luz no meio das trevas.

b) Para que a igreja não participe dos flagelos que sobrevirão à Babilônia (v. 4) - Deus pacientemente suportou os pecados da Babilônia. Mas o dia do juízo virá e então, ele sofrerá os flagelos da ira de Deus. Deus a julgará quando o cálice de seus pecados transbordar (v. 5). Os que põem seu coração no mundo sofrerão terríveis conseqüências. Vão ser condenados com o mundo. A Babilônia semeou, ela vai colher!

c) Para que a igreja entenda quais são os critérios do julgamento divino (v. 6-8) - Quais são os pecados específicos que Deus julgará? 1) Orgulho - (v. 7) - A soberba é a porta de entrada da tragédia. O culto de si mesmo é abominável para Deus. Ela não deu a Deus a glória e agora está sendo destruída. O mundo está sempre ostentando sua riqueza, seus banquetes, suas festas, seu brilho. Mas Deus resiste ao soberbo. 2) O culto ao prazer e à luxúria - (v. 7) - O sistema do mundo enxerga os bens matérias e os prazeres do mundo como as coisas mais importantes da vida. Elas trocam Deus pelo prazer. Mas no dia final esses prazeres não poderão satisfazer nem darão segurança.

d) Para que a igreja entenda que o juízo de Deus virá repentinamente (v. 8) - O povo de Deus não demorar-se em sair desse sistema do mundo, porque o juízo de Deus cairá sobre ele repentinamente e desmantelará num só dia (Is 47:9; Jr 50:31). Quando chegar o dia do juízo não haverá escape da ira de Deus. Como diz a Escritura: "Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo" (Hb 10:31).

III. A VOZ DE LAMENTAÇÃO - V. 9-19

• Esse parágrafo mostra o lamento dos reis, dos mercadores e dos marinheiros ao verem a derrocada da Babilônia e futilidade de seus investimentos. Ao mesmo tempo, mostra o grito de vitória da igreja de Deus no céu (v. 20). Exemplo: a parábola do rico insensato: Louco, esta noite te pedirão a tua alma e o que tu preparaste para quem será?

1. O lamento dos reis e dos homens poderosos, homens de influência da terra -v. 9-10

• Esses reis são os políticos e aqueles que se renderam às tentações da Babilônia e desfrutaram de seus deleites.

• Babilônia ou Roma aqui é visto como o sistema político que se associou com o mundo. Os políticos governados pela luxúria, ganância e soberba vão ficar amedrontados com esse sistema entrar em colapso e vão chorar e lamentar em alta voz(v. 9,10).

• Roma era o centro do comércio e da política nos dias de João. Era conhecida pela sua extravagância e luxúria. Política e economicamente as pessoas eram dependentes de Roma.

2. O lamento dos mercadores - v. 11-16

• Os mercadores aqui sãos os empresários, negociantes e todos aqueles que têm colocado o coração nas mercadorias e deleites do mundo. Eles choram porque de repente suas mercadorias vão ficar sem valor (Lc 12:16-21). De repente tudo aquilo que lhes proporciona prazer vai desaparecer. Aquilo em que confiam e em que tinham prazer não vai poder salvá-los.

• A Babilônia, o mundo louco pelo prazer, vai ficar completamante desamparado. João cita aqui 30 artigos de luxo. Na contagem o número 4 desempenha um papel importante.

a) Quatro artigos de jóias (v. 11-12) - mercadoria de ouro, de prata, de pedras preciosas, de pérolas.

b) Quatro tecidos de luxo (v. 12) - linho finíssimo, púrpura, seda, escarlata. Foi assim que a Meretriz se vestiu (17:4), mas essas coisas não têm valor permanente.

c) Quatro artigos para ornamentação (v. 12) - toda espécie de madeira odorífera, todo gênero de objeto de marfim, toda qualidade móvel de madeira preciosíssima, de bronze, de ferro e de mármore.

d) Quatro artigos cosméticos (v. 13) - canela de cheiro, incenso, ungüento e bálsamo.

e) Quatro artigos de cozinha (v. 13) - vinho, azeite, flor de farinho e o trigo.

f) Quatro artigos de mercadoria viva (v. 13) - gado e ovelhas, escravos e almas humanas. Os mercadores negociam até mesmo os homens como escravos como se fossem mercadoria. No Império Romano havia 60 milhões de escravos. Fazem tudo e qualquer coisa com o fim de se enriquecerem.

• Esta lista de carregamentos que pertencem à Babilônia e perecem inclui: 1) Reino mineral: ouro, prata, pedras e pérolas; 2) Reino vegetal: linho, seda, púrpura e escarlata; 3) Reino animal: gado, ovelhas e cavalos; 4) Reino humano: os corpos e as almas dos homens. Por isso quando a Babilônia perece o caos econômico é completo. Aqui está a queda de todas as Babilônias. É a queda final do reino do anticristo. É o fim de todas as coisas.

3. O lamento dos homens de navegação - v. 17-19

• Mencionam-se quatro classes: os pilotos, os passageiros dispostos a negociar, os marinheiros e os que ganham a vida no mar, a saber, os exportadores, os importadores, os pescadores e os mergulhadores em busca de pérolas.

O desespero dos ímpios que colocaram sua confiança na riqueza e nos prazeres do mundo - Posto que os homens ímpios colocam toda a sua esperança nas riquezas e prazeres desta vida, quando o mundo e as coisas que há no mundo passarem, eles perecem juntamente com o mundo. A única coisa que vai lhes restar é um doloroso lamento (v. 18-19).

IV. A VOZ DA CELEBRAÇÃO - V. 20-24

1. Em contraste com o lamento dos ímpios, a igreja no céu está celebrando a vindicação da justiça divina - v. 20

• A Babilônia que se embriagou com o sangue dos santos e perseguiu a igreja agora está completamente desamparada. A justiça de Deus foi vindicada. O mundo passa. A Babilônia cai, mas a igreja de Cristo canta.

• Esta celebração não é o grito da vingança pessoal, mas o regozijo pelo justo julgamento de Deus.

2. A ruína total da Babilônia demonstrada - v. 21

• Assim como uma pedra arrojada no fundo do mar, Babilônia cairá para não mais se levantar. Depois da morte vem o juízo e depois do juízo vem a condenação eterna.

4. A Babilônia torna-se o lugar onde todas as coisas boas estarão ausentes - v. 22-23

a) Não tem música - Lá só se ouve voz de lamento, e não voz de harpistas.

b) Não tem arte criadora - Lá não tem artífice.

c) Não tem suprimento - os moinhos já não movem mais. No passado Babilônia era o mercado do mundo. Agora está como deserto.

d) Não tem luz - As trevas são um símbolo da efusão final da ira de Deus. Deus é luz. Condenação eterna é ir para as trevas eternas, trevas exteriores. Essas trevas espessas durarão eternamente.

e) Não tem relação de amor - Não tem casamento, nem poesia, nem sonhos.

5. Babilônia, o sistema destruído do mundo, é um símbolo da oposição a Deus e à sua igreja - v. 23b-24

• Babilônia é a sede da feitiçaria, o espírito que substitui Deus por magias e também o centro de perseguição à igreja, onde os profetas e santos foram mortos.

• O ponto principal que devemos observar é que este mundo arrogante e sedento de prazer, perecerá com todas suas riquezas e prazeres sedutores, com toda a sua cultura e filosofia anticristãs, com suas multidões que têm abandonado a Deus e vivido conforme os desejos da carne. Os ímpios sofrerão penalidade eterna. Assim Deus disse, assim Deus fará.

CONCLUSÃO 1. No capítulo 17 vimos que a Babilônia como a grande Meretriz, a religião prostituída e apóstata foi destruída.

2. No capítulo 18 vimos que a Babilônia como sistema político e econômico que se substitui Deus pelo dinheiro, poder e prazer entrou em colapso.

3. O mundo que tem zombado da igreja, que ridicularizado a igreja, que tem seduzido os homens e perseguido a igreja já está com sua derrotada decretada.

4. A grande pergunta é: Você é um cidadão da grande Babilônia, a cidade condenada ou cidadão da Nova Jerusalém, cidadão do céu?