Efesios 1.17-23
O apóstolo agora reúne três grandes verdades que deseja que seus leitores (através da iluminação do Espírito Santo) saibam na mente e na ex¬periência. Elas referem-se ao chamamento, à herança e ao poder de Deus. Mais especificamente, ora para que conheçam a esperança do chamamento de Deus, a glória (até mesmo a riqueza da glória) da sua herança, e a gran¬deza (até mesmo a suprema grandeza) do seu poder.
A Iluminação dos olhos do coração, para saberdes:
1. A esperança do chamamento de Deus
O chamamento de Deus nos faz relembrar o início da nossa vida cristã. "E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou!Romanos 8.30 é verdade que invocamos a Deus para nos sal¬var, mas nossa chamada foi uma resposta à dele.
A pergunta agora é: para quê Deus nos chamou? Seu chamamento não era algo sem sentido ou sem propósito. Deus tinha um objetivo quando nos chamou. Chamou-nos a alguma coisa e para alguma coisa. Este é o significado de a esperança do seu chamamento (v. 18), É a expectativa que des¬frutamos como resultado do fato de que Deus nos chamou.
O próprio Novo Testamento nos conta o que é isto. Deus, pois, nos chamou "para sermos de Jesus Cris¬to" e "à comunhão de Jesus Cristo". Chamou-nos "para sermos san¬tos" visto que aquele que nos cha¬mou é santo e nos diz: "Sede santos, porque eu sou santo." Uma das ca¬racterísticas do povo "santo" ou especial de Deus é a libertação do jugo da lei. Não devemos, portanto, recair na escravidão, pois "fomos chamados à liberdade". Outra característica é a comunhão harmoniosa através das barreiras das raças e das classes, porque "fomos chamados em um só cor¬po" para desfrutarmos da "paz de Cristo", e devemos viver uma vida que é "digna da vocação a que fomos chamados... suportando-nos uns aos ou¬tros em amor". Ao mesmo tempo em que podemos desfrutar de paz dentro da comunidade cristã, forçosamente experimentamos oposição do mundo descrente.
Tudo isso estava na mente de Deus quando nos chamou. Chamou-nos para Cristo e para a santidade, para a liberdade e para a paz, para o sofrimento e para a glória. Simplificando, trata-se de uma chamada pa¬ra uma vida totalmente nova em que conhecemos, amamos, obedecemos .e servimos a Cristo, desfrutamos da comunhão com ele e uns com os outros
Para sabermos :
2. A glória da herança de Deus
A segunda oração do apóstolo é para que saibamos qual a riqueza da glória da sua herança nos santos (v. 18b). A passagem correlata em Colossenses 1:12 sugere a interpretação, a saber: que a "herança de Deus refere-se àquilo que ele nos dará, pelo que devemos dar graças ao Pai "que nos fez idóneos à parte que nos cabe da herança dos santos na Luz.
Neste caso, se o chamamento de Deus aponta de volta para o começoo da nossa vida cristã, a herança de Deus aponta para a frente, para o seu final, para aquela herança final da qual o Espírito Santo é a garantia (v. 14) e que Pedro descreve como sendo "incorruptível, sem mácula, imar¬cescível, reservada nos céus para vós outros".'3 Os filhos de Deus são, pois, os herdeiros de Deus e, de fato, "co-herdeiros com Cristo", e um dia, pela sua graça, a herança será nossa. Está além da nossa capacidade de imaginar como será. Portanto seremos sábios se não formos por de¬mais dogmáticos a respeito.
A herança de Deus (a herança que ele nos dá) não será urna pe¬quena festa particular para cada indivíduo mas, sim, em meio a muitos, nos santos ao nos juntarmos àquela "grande multidão que ninguém po¬de enumerar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro".
Paulo não considera que seja presunçoso pensarmos acerca da nos¬sa herança celestial ou até mesmo antegozá-la com alegria e gratidão. Pelo contrário, ele ora para saberdes, a sua glória, de fato, a riqueza da glória da sua herança
3. A grandeza do poder de Deus
Se o chamamento de Deus olha para trás, para o começo, e se a herança de Deus olha para a frente, para o fim, então, decerto, o poder de Deus abrange o período interino, pois somente o seu poder pode cumprir a ex¬pectativa que pertence ao seu chamamento e nos trazer com segurança às riquezas da glória da herança final que nos dará no céu. Paulo está convencido de que o poder de Deus é suficiente, e acumula palavras para nos convencer. Escreve não somente ao poder de Deus, como também da eficácia da força do seu poder (v. 19), e ora para que saibamos a grandeza dele, realmente a grandeza suprema dele, para com os que cremos Como chegaremos a conhecer a suprema grandeza do poder de Deus? Porque ele deu uma demonstração pública na ressurreição e exaltação de Cristo (vs.20-23). Paulo realmente refere-se a três eventos sucessivos: pri¬meiro, ressuscitando-o dentre os mortos (v. 20a); em segundo lugar, fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, muito acima de qual¬quer concorrente (vs.20b , 21), E pôs todas as coisas debaixo dos seus pés (v. 22a); e, em terceiro lugar, para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a qual é o seu corpo... (v. 22b , 23). Estes três eventos são interligados.
a- Ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos é uma inimiga amarga e implacável. Chegará a todos nós, um Dia. somos pó, e para o pó inevitavelmente voltaremos. Nenhum poder humano pode evitar isso, e muito menos trazer um morto de volta a vida, Mais Deus fez isto com Jesus pra mostrar o seu poder.
Esta é a primeira parte da demonstração pública do poder de Deus. Ressuscitou Jesus dentre os mortos
b- A entronização de Jesus Cristo sobre todo o mal "tendo ressuscitado Jesus dentre os mortos e fora do domínio da morte, Deus fê-lo sentar à sua direita nos lugares celestiais (v. 20). Ou seja: promoveu-o para o lugar de honra suprema e de autoridade executiva. Colocando todas as coisas debaixo dos seus pés, inclusive a morte. Jesus coroado em Glória e de hora, ja destronou o inimigo e a morte e um dia este inimigo será definitifamente destruido.
c. Jesus Cristo como cabeça da igreja
Paulo ainda não acabou de explicar a exaltação soberana de Jesus. Escreve sobre a ressurreição de Jesus dentre os mortos (v. 20) e sobre a entronização acima de todo principado (v. 21); agora, porém, passa a relatar o significado deste triunfo duplo para a igreja (v. 22). Esboça esta verdade adicional com duas magníficas expressões,
A primeira é que Deus fez Je¬sus "o cabeça sobre todas as coisas para a igreja, a qual é o seu corpo" (vs. 22-23a), e a segunda é a frase a plenitude daquele que a tudo enche Todas as coisas (23b).
A primeira fala de Jesus como cabeça, e lhe atribui uma soberania que se estende sobre todas as coisas.
A segunda é que a igreja é o seu corpo ele é quem enche da sua glória do seu poder e até da salvação as pessoas que aporve a ele salvar e fazer parte do seu corpo.
Portanto irmãos tenhamos uma certeza cada vez maior da esperança do seu chamado em Deus da gloriosa herança de Deus e da grandeza do poder de Deus, para com todos nós
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